segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Limitados



Um ano em 9:30... Sala fria, chocolates, água, terços, orações ou canções. Pensamentos barulhentos e tenho a impressão de consegui ouvi-los, estranho hein?! Estranho é você tentar compactar 365 dias em 9:30, e mais do que estranho parece impossível, Senhor Enem. Fisionomias preocupadas, cansadas e duvidosas do que leem, escrevem ou pelo que nunca viram na vida, e o pavor muitas vezes é percebido, faz lembrar o exame de sangue na infância.

Agora a espera de resultados que mudam vidas, famílias, rotinas, seguem 4,175 milhões de brasileiros com suas vidas corridas. E a 120 km/h o noticiário do dia nos prega uma peça: "Pai ao voltar da formatura da filha sofre acidente fatal", essa que havia finalizado mais um ciclo de resultados e comemorava, agora chora. Enquanto  aproximadamente 4,175 milhões escrevem sobre a Lei Seca, 40.000milhões/ano morrem em acidentes de carro, e muitos destes o fator álcool está presente.
... e depois desse parágrafo, afirmaria-se normalmente: - Ele dirigia embriagado.
Não. Ele não dirigiria embriagado - é o que confirma as reportagens-. Então nos deparamos com a pergunta: O que poderia resultado neste brutal acidente?! Talvez presa ou sono, uma distração ou solidão, e tantos talvez não nos leva a concretas respostas.

E mais perguntas me surgem à mente. Será que estamos todos doentes, dentro desse louco sistema?! Acredito que seja uma sensata forma de pensar. Doentes e apressados, doentes e fadigados, e diante de tantas demandas e responsabilidades deixando de lado, junto com os livros empoeirados nossas emoções, sensações, amores e temores. Doentes ao ponto de não percebermos os nossos próprios limites psicológicos e físicos, afinal somos todos limitados e não parte de uma visão pessimista esta afirmação. E a tarefa mais árdua também nos cabe, que é a de perceber e valorizar os sinais dados pelo o nosso incrível organismo, com ou sem a necessidade de exames, crises ou acidentes.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Velhos achados



Poesia fria
costurada a linha
sem nenhuma anestesia.

Dor fria, da abstinência
de letras, de palavras
vivo então a correr
atrás de versos prontos
para construir a novidade.

Quero saudade, encontro,
amor e vontade, verdade
e parece que a dificuldade
inspira a algumas melancolias,
fria, canto no canto.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Cara de Domingo



Um acordar preguiçoso junto com a vontade de não fazer nada o resto do dia. O almoço em família, a saída com o namorado, o bate papo com as amigas, a atividade atrasada da faculdade e vinte e quatro horas. Poucas horas, não?! E tantas coisas para administrar. A aplicação para conseguir agradar a todos - como nem Jesus conseguiu -,tem sido grande, mas tem sido uma missão quase impossível. E ontem tive ao olhar em seus olhos, a vontade de te pedir em casamento e transbordar todos dias de amor.
Começo de Domingo, resto de sábado e muitos pensamentos.

sábado, 19 de outubro de 2013

Fim de sexta



Água desliza sobre o corpo e no escorregar das gotas, escorrega também o cansaço calado. Num ato, um dia inteiro pode ir pelo ralo, cansaço, estresse e a aquele encontro mal humorado. Sorrisos largos, dados ao luar, cheio de esperanças e o amor que dança qualquer música que toca. Fim de sexta, olhos quase serrados, mas mente ainda ligada no noticiário.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

No Trajeto



33º de ônibus cheio, e entre quatro e duas rodas, seguem vidas e histórias. Altos e baixos estampados rosto e sento-me ao lado de um altista tão pequenino, e seus muitos remédios. Amor duplo, de mãe-avó cansada e ao mesmo tempo perseverante. E sem nem abrir a boca sigo a observar problemas e pensar em possíveis soluções. No momento o maior pensamento é: não desistir.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Reis e Rainhas



Como um tabuleiro de xadrez
rainhas, reis e cavalos
jogam e brincam
avançam no dia.

Em meio a chuvas e esperas
geradores de estresses
iluminam a raiva raiz
da irritação.

Engarrafada sem ser gênio
diariamente o descaso,
acaso ou destino nos deixa
ao ponto
de um ataque, xeque-mate.